Dengue em São Paulo lidera em números absolutos, com 2.062.418 registros em 2024; na sequência aparece Minas Gerais com 1.696.518 casos
Desde meados deste ano, o Brasil tem registrado mais casos de dengue, chegando a 5.000 mortes, com 4.961 óbitos confirmados até o momento. É o que revela o levantamento do Painel de Monitoramento de Arboviroses. Contudo, ainda há 2.161 mortes sob investigação.
Dengue em São Paulo
No entanto, deste índice, os casos de dengue em São Paulo lideram a lista em números absolutos, com 2.062.418 registros em 2024. Na sequência aparece Minas Gerais com 1.696.518 casos, Paraná com 643.700 e Santa Catarina com 363.117.
Vale lembrar que até o mês de março, a capital paulista já contabilizava 49.721 casos e 11 mortes pela doença.
Casos prováveis
Já o número total de casos prováveis de dengue no país ao longo do ano é bastante preocupante, batendo a marca dos 6.437.241 registros. Isso demonstra uma taxa de letalidade de 0,08. Por sua vez, o coeficiente de incidência atual é de 3.170,1 casos para cada 100 mil habitantes.
Por outro lado, em relação ao coeficiente de incidência, o Distrito Federal apresenta a maior taxa, com 9.739,1 casos por 100 mil habitantes. Em seguida aparecem: Minas Gerais (8.260,1), Paraná (5.625,2) e Santa Catarina (4.771,8). Vale reforçar que essas informações resultam na necessidade de estratégias voltadas às regiões mais afetadas e também refletem mais medidas de prevenção e controle em todo o país.
Cenário atual
Segundo Antônio Carlos, infectologista e membro da Sociedade Brasileira de Infectologia, o cenário atual e alarmante no Brasil ocorre em razão do avanço do vetor. Ou seja, o Aedes aegypti, que vem infestando cada vez mais áreas da região Sul do país, inclusive chegando ao Paraguai e parte da Argentina. Sendo assim, o mosquito transmissor que não estava muito presente nas regiões mais frias, agora se concentra justamente nessas localidades. E pode ser provável que um dos motivos para tal acontecimento é a alta da temperatura, isto é, o aquecimento dessas áreas, o que facilitou a adaptação do Aedes aegypti nessas regiões.
Faixa etária
Já a faixa etária de casos de dengue no país tem predominância entre adultos de 20 a 29 anos. Na sequência aparecem as seguintes idades: de 30 a 39, 40 a 49, e 50 a 59 anos.
Todavia, os grupos menos afetados são: crianças com menos de 1 ano, crianças de 1 a 4 anos, e idosos com 80 anos ou mais.
Meios de prevenção
O infectologista explica como a população deve se prevenir.
Os principais meios de prevenção podem ser divididos em duas partes: individual e coletiva.
Em relação à parte individual, ele engloba o uso de repelentes à base de icaridina ou DEET. Além disso, as gestantes precisam usar repelentes do primeiro ao último dia de gravidez para que não tenham chance de se contaminarem com o vírus da zika, que é altamente teratogênico. Por fim, é recomendável colocar roupas que cubram os braços e pernas, além de utilizar telas nos quartos de dormir, e ligar o ar-condicionado quando necessário.
*Foto: Reprodução/https://br.freepik.com/fotos-gratis/mosquito-altamente-detalhado_204471320.htm#fromView=search&page=1&position=7&uuid=38a45721-f20d-4b7c-8a7e-c97d084490ef