Economia circular, segundo pesquisa da CNI, indica que também 68% das empresas nacionais possuem iniciativas circulares em medidas para reduzir GEE (Gases de Efeito Estufa)
A recente Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Centro de Pesquisa em Economia Circular da Universidade de São Paulo (USP), produzida junto à base industrial, revelou que 85% das indústrias no Brasil desenvolvem pelo menos uma prática de economia circular – sistema em que o modo de produção é redesenhado para possibilitar um fluxo circular dos recursos, minimizar os resíduos e contribuir para o desenvolvimento sustentável.
Pesquisa sobre economia circular
Os resultados sobre economia circular foram apresentados na Casa Firjan, no Rio de Janeiro, em evento com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
De acordo com a presidência da CNI, a transição para a economia circular já é uma realidade em contínua evolução na indústria. E isso reflete como um compromisso frequente com a partir da adoção de práticas circulares.
Como foi o estudo
O estudo ouviu 252 indústrias de transformação e construção entre 17 de maio e 30 de julho de 2024. E as respostas constatam que ao implementar práticas circulares, 68% dos empresários explicaram que as medidas contribuem para a redução de gases de efeito estufa e, consequentemente, para o combate às mudanças climáticas.
Sobre o SEEG
Por sua vez, o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), iniciativa do Observatório do Clima, afirma que o setor de resíduos foi responsável por 4% (91,3 milhões de toneladas) das emissões de CO2 no Brasil, em 2022.
A CNI disse ainda que as práticas contribuem para uma transição para a economia de baixo carbono. Isso porque ao ter menos emissão de gases de efeito estufa, haverá também menor extração de novos recursos, e melhor uso de energia. Portanto, as companhias diminuem a pegada de carbono da atividade industrial e assim evitam agravar outros fatores, como a redução da vida útil dos aterros.
O papel da indústria
Segundo a Confederação, a indústria possui um papel-chave na transição para uma economia circular, além de poder contribuir muito mais. A partir de uma gestão mais eficaz dos recursos e da valorização dos produtos desde sua criação é possível ir até o fim do ciclo de vida.
Chamada pública
Agora, CNI e FIESP abriram uma chamada pública para selecionar boas práticas da indústria em economia circular. Podem participar as indústrias da América Latina e Caribe, e as escolhidas serão divulgadas pelas instituições no Fórum Mundial de Economia Circular (WCEF2025). Trata-se do maior evento anual sobre o tema que acontecerá pela primeira vez na América Latina, nos dias 13 e 14 de maio de 2025, em São Paulo. As inscrições vão até esta quinta-feira (31).
Rota da Maturidade
A CNI desenvolveu uma ferramenta gratuita, chamada Rota de Maturidade, que possibilita que as organizações realizem uma autoavaliação e recebam um diagnóstico sobre o grau de adoção de práticas de economia circular. A partir desse relatório, a ferramenta apresenta recomendações, com sugestões de práticas que podem ser implementadas para impulsionar a sustentabilidade da empresa.
Fonte: Foto de freepik na Freepik