Energia solar em SP faz parte de um projeto do Programa Energia Limpa e apenas nas unidades de Saúde deve evitar a emissão, por ano, de ao menos 24 mil toneladas de gases de efeito estufa
A Prefeitura de São Paulo pretende levar energia solar a 775 escolas e unidades administrativas da Secretaria Municipal de Educação e 80 Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Energia solar em SP
O projeto de energia solar SP para esses locais teve como primeiro passo a convocação do Consórcio Sol da Saúde, vencedor da concorrência para a Parceria Público-Privada (PPP) de geração distribuída de energia solar fotovoltaica para UBSs, para assinatura de contrato.
Venceu a empresa que propôs o menor custo de contraprestação a ser paga pelo poder concedente. Neste caso foi de R$171,4 mil ou R$ 2 milhões ao ano. Com isso, a proposta vencedora representou economia próxima a 40% do previsto inicialmente.
O critério de julgamento foi o menor valor da contraprestação a ser paga pelo poder concedente: R$171,4 mil ou R$ 2 milhões ao ano, a proposta vencedora representou economia próxima a 40% do previsto inicialmente.
Projetos de Desestatização da cidade de São Paulo
Vale ressaltar que esta licitação foi a mais disputada entre os projetos de Desestatização da cidade de São Paulo. ela teve a participação de sete consórcios, sinalizando o acerto da Prefeitura na aposta em parcerias com a iniciativa privada para atrair investimentos tecnológicos e sustentáveis.
Instalação
Os painéis solares serão instalados em 80 UBSs. Porém, outras 92 poderão ser contempladas com o autoconsumo remoto. Um total de 172 unidades. Só no primeiro ano, haverá produção de quase 5,5 GWh através da implementação de 3,45 MW de potência instalada.
Ganho ambiental
Além disso, o projeto traz um ganho ambiental expressivo. Isso porque deve evitar a emissão, por ano, de ao menos 24 mil toneladas de gases de efeito estufa. Isso equivale a 15 mil carros de passeio.
Por outro lado, para compensar esta emissão, é necessário plantar mais de 150 mil árvores. Isso corresponde a nove vezes o número de exemplares arbóreos existentes no Parque Ibirapuera.
Economia na conta
A iniciativa vai gerar uma redução de gastos de energia elétrica da Prefeitura. Uma vez que, em 25 anos, a conta de energia elétrica que custaria R$ 143 milhões passará para R$ 68,7 milhões (contraprestação + fatura de energia).
Há o potencial de 52% de economia por mês, somando benefícios econômicos em torno de R$ 36 milhões. Este recurso poderá ser direcionado a outras áreas prioritárias, como saúde e educação.
Além disso, a empresa vencedora realizará a operação e manutenção das centrais geradoras. Isto inclui os serviços de gestão de créditos junto à distribuidora de energia, que garantirá a máxima economia com o projeto.
Pioneira em iniciativas ambientais
Contuso, o projeto faz de São Paulo uma pioneira em iniciativas ambientais no país. Além de colocar em evidência o comprometimento com a sustentabilidade e a promoção de ações efetivas de redução de impacto ambiental. E também estar alinhado às discussões e movimentos internacionais, como o Acordo de Paris e aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).
Na educação
Em contrapartida, o foco do programa de energia solar em SP, neste momento, são as 775 escolas municipais e prédios administrativos atrelados à Secretaria Municipal de Educação (SME).
A partir do Chamamento Público de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI), publicado no Diário Oficial da Cidade em 14/07/2021, apareceram soluções de eficiência energética e de usinas fotovoltaicas de geração distribuída. Os estudos subsidiarão a estruturação e modelagem, pela Prefeitura, de projetos de geração distribuída e eficiência energética para futura contratação em parceria com a iniciativa privada.
Os estudos devem ser todos recebidos ainda neste semestre o que lançamento do Edital para celebração da PPP aconteça no começo de 2022.
O projeto paulistano prevê a instalação de 25,7 MW de capacidade total a partir de painéis fotovoltaicos. Este será a segunda iniciativa desta natureza na cidade, tendo o potencial de ser a maior de geração distribuída em escolas públicas do Brasil.
Desafios mundiais
O projeto de energia solar em SP está alinhado à Agenda Municipal 2030. Este documento determina o compromisso da cidade com os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).
O uso de fontes fotovoltaicas alinha-se à tendência internacional da retomada verde da economia após a pandemia da Covid-19. Ele permite que o município implante medidas anticíclicas e gere empregos diretos e indiretos por meio de projetos em parceria com a iniciativa privada.
Por fim, a instalação de painéis solares em prédios públicos garante autossuficiência energética. E isso blinda as unidades escolares e edifícios administrativos dos impactos de crises hídricas, além da alta das tarifas e até de eventual racionamento.
*Foto: Divulgação