Farmacovigilância tem a ver com o monitoramento de, por exemplo, reações adversas que possam prejudicar a saúde individual ou coletiva
Integrante da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), o serviço de farmacovigilância é voltado, especificamente, à vigilância de medicamentos. Isso envolve a questão de reações adversas que pode prejudicar a saúde individual ou coletiva.
Papel da farmacovigilância segundo a OMS
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), farmacovigilância é “a ciência e atividades relativas à identificação, avaliação, compreensão e prevenção de efeitos adversos ou quaisquer problemas relacionados ao uso de medicamentos”.
Além disso, sua atuação está inserida na Divisão de Vigilância de Produtos e Serviços de Interesse da Saúde (DVPSIS). Ela por sua vez desempenha um papel importante na saúde, na medida em que identifica problemas associados ao uso de algum medicamento. Portanto, seu objetivo principal é o de prevenir e reduzir eventuais riscos à saúde coletiva ou individual.
Neste caso, podem ser questões associadas à eficácia, segurança, qualidade ou a informação sobre estes produtos, que devem sempre ser comprovados por estudos clínicos antes de seu lançamento e também controlados quando eles já estão disponíveis.
Além das reações adversas a medicamentos, também são assuntos relevantes para o trabalho da DVPSIS:
- eventos adversos causados por desvios da qualidade de medicamentos: inefetividade terapêutica;
- erros de medicação;
- uso de medicamentos para indicações não aprovadas no registro;
- uso abusivo;
- intoxicações e interações medicamentosas.
Principais objetivos
identificar precocemente casos de reação adversa a medicamento (RAM) e interações medicamentosas desconhecidas;
detectar o aumento na frequência de RAM conhecidas, e também de fatores de risco e possíveis mecanismos ligados a estas reações;
efetuar avaliação e comunicação dos riscos e benefícios dos medicamentos comercializados;
educar e informar a população, contribuindo para o uso racional e seguro de medicamentos.
Esclarecimentos importantes
Veja abaixo alguns esclarecimentos que vale a pena ter conhecimento:
Reação adversa a medicamento (RAM), um dos principais focos do trabalho de farmacovigilância, é qualquer resposta prejudicial ou indesejável, não intencional, a um medicamento e que ocorre com o uso de doses usualmente prescritas. A RAM é caracterizada pela existência de uma relação causal específica entre o medicamento e a ocorrência;
Toda reação adversa a medicamento é um evento adverso, porém, nem todo evento adverso é uma RAM. No caso, evento adverso é um evento desfavorável que acontece durante ou após o uso de medicamento ou outra intervenção;
A reação adversa é diferente do efeito colateral, uma vez que suas consequências são sempre consideradas prejudiciais. Já o efeito colateral é um efeito não pretendido que pode ser negativo, e ainda pode ser considerado benéfico;
A RAM também é diferente da intoxicação medicamentosa, que é um efeito negativo proveniente de uma superdose de medicamento.
Inspeções
A DVPSIS também é responsável pelas inspeções, que podem ser programadas ou esporádicas, com o objetivo de avaliar os sistemas de farmacovigilância das empresas farmacêuticas, por meio de análise documental, entrevistas, visita presencial institucional, revisão de base de dados e na avaliação do cumprimento das exigências legais.
Para enviar notificações e ter outras informações, basta acessar a DVPSIS.
*Foto: Reprodução