Pé diabético está ligado ao diabetes não controlado que pode provocar uma neuropatia diabética periférica, o que afeta os nervos das extremidades do corpo e a pessoa pode perder a sensibilidade
O diabetes é uma doença crônica de alta incidência que acomete crianças, adolescentes, adultos e gestantes. Sendo assim, o corpo humano não produz insulina (hormônio responsável por regular os níveis de glicose no sangue) suficiente ou que a quantidade produzida seja insuficiente. Entre as diversas consequências do diabetes não controlado está o pé diabético ou neuropatia diabética periférica. Trata-se de uma complicação de saúde que afeta os nervos das extremidades corpo.
Como surge o pé diabético?
O pé diabético surge quando a oscilação de glicemia provocada pelo diabetes faz com que a sensibilidade dos pés – especialmente nas plantas – seja reduzida. Além disso, o resultado desse processo de adormecimento é o aparecimento de machucados que se agravam e podem levar à amputação do membro. No entanto, na maior parte das vezes, por conta da insensibilidade do local, a pessoa que sofre com o pé diabético não percebe o surgimento dos ferimentos.
Por outro lado, a consequência é que todos os anos, milhares de pessoas necessitam passar pela amputação de membros inferiores. Só em 2021, foram registrados 29.142 procedimentos com essa finalidade no Brasil. É o que revela o sistema Datasus, do Ministério da Saúde. Contudo, vale ressaltar, que muitas dessas amputações ocorrem por conta de complicações do diabetes. Portanto, informações como esta provam o quanto é importante controlar a doença para evitar complicações.
Cuidado é essencial
Em relação ao pé diabético, as recomendações são as seguintes:
- evitar andar descalço, para estar menos sujeito a cortes, machucados e ferimentos nos pés;
- usar calçados confortáveis e, no caso de sandálias, elas não devem ter tiras entre os dedos;
- hidratar os pés para evitar fissuras;
- enxugar bem entre os dedos após o banho, praia ou piscina;
- ao cortar as unhas, tomar cuidado para não se machucar, pois caso ocorra, o ferimento pode evoluir e infeccionar;
- faça sempre o autoexame, olhe diariamente dedos, calcanhar, peito e planta dos pés para verificar se há algum ferimento.
Prevenção e tratamento de um pé diabético
O diabetes não tem cura. Porém, o diagnóstico precoce é importante e garante a qualidade de vida do paciente. Basta um simples exame de sangue, feito pela rede municipal de saúde para identificar os níveis glicêmicos de uma pessoa. Se a análise confirmar algum desequilíbrio, o médico pode solicitar novos exames e encaminhar o paciente para acompanhamento, que inclui uma equipe multidisciplinar.
Programa de Automonitoramento Glicêmico
Todavia, por meio do Programa de Automonitoramento Glicêmico (PAMG), a rede municipal da capital oferece a 125 mil pacientes diabéticos insulinodependentes insumos como: tiras, lancetas e seringas, assim como canetas de aplicação de fácil manuseio, que hoje correspondem a 70% da insulina distribuída aos pacientes.
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