Queda de energia em SP já está no 4º dia de apagão; também há falta de água; Enel prometeu restabelecer energia até quinta-feira (17)
Aproximadamente 250 mil imóveis da cidade de São Paulo e da região metropolitana entram, nesta terça-feira (15/10), no quarto dia consecutivo de apagão que está acabando com o cotidiano de seus moradores. E alguns também estão sem água após o temporal que atingiu o estado na última sexta-feira (11/10). Os dados são da própria Enel, empresa distribuidora de energia elétrica.
Queda de energia em SP
A queda de energia em SP prejudicou mais a capital, especialmente na zona Sul. Moradores chegaram a fazer protestos nas ruas, com bloqueio de vias e panelaço, para cobrar o retorno da energia elétrica.
Além disso, os bairros de Jabaquara, Santo Amaro, Pedreira e Campo Limpo estão entre os mais afetados no momento. Outros municípios prejudicados com a falta de luz na Grande São Paulo são: Cotia, Taboão da Serra e São Bernardo do Campo.
Óbitos
Contudo, os efeitos da tempestade também resultaram em óbitos. Segundo a Defesa Civil, sete pessoas morreram em razão das fortes chuvas: três em Bauru, no interior, duas em Cotia e uma em Diadema, na Grande São Paulo, e uma na capital paulista.
Falta de água
O apagão prejudicou ainda o abastecimento de água em várias regiões. Conforme o boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), divulgado na noite de ontem (14/10), a operação do fornecimento de água foi retomado na maioria das regiões afetadas pelo apagão de energia na Grande São Paulo.
Normalização
Em contrapartida, a normalização acontece de maneira gradual em algumas regiões, mas que pode se estender nesses locais. Os bairros Cidade Júlia e Parque do Lago, na zona Sul da capital, além de um em Diadema e outro em Embu das Artes, ainda sentem os efeitos da falta de energia.
Na cidade de São Paulo, o abastecimento segue em recuperação nos bairros Capão Redondo, Pirajussara, Jardim Antártica, Jardim Peri, Jardim Peri Alto e Jardim Santa Cruz. E as cidades de Cotia, Santo André e Mauá também enfrentam o problema.
Semáforos
Todavia, muitos semáforos foram desligados durante o temporal, e em alguns cruzamentos da capital a situação continua. Ao portal Metrópoles, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) disse que o apagão provocou o desligamento de 187 faróis. Às 7h desta terça, ainda havia 48 equipamentos apagados por falta de energia. Sendo assim, agentes da CET estão nas ruas para auxiliar no fluxo do trânsito.
Enel
Em razão de todos os acontecimentos desde sexta-feira, a Enel foi pressionada até pelo governo federal. Com isso, a concessionária prometeu que a situação estará inteiramente normalizada até a próxima quinta-feira (17/10).
Isso proque o prazo foi determinado pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, após reunião com Sandoval Feitosa, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Por sua vez, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que a Controladoria-Geral da União (CGU) faça auditoria no processo de fiscalização da Aneel em relação ao apagão em São Paulo.
Em suma, houve falhas no serviço prestado pela Enel e a mesma será cobrada a ressarcir os prejuízos gerados à população paulista.
A AGU disse que o governo avalia entrar com ação por dano moral coletivo contra a Enel pela falta de resposta da empresa aos efeitos do temporal.
Por fim, a Enel recebeu reforço de eletricistas de concessionárias de outros estados e também recrutou funcionários de suas unidades do Chile, da Itália, da Espanha e da Argentina. A força-tarefa é formada pela CPFL, EDP, ISA CTEEP, Eletrobras, Light e Energiza.
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