Transporte aquático em SP será realizado por meio de dois barcos com capacidade para 60 pessoas cada um, que funcionarão entre 6h e 20h
Nesta segunda-feira (13), após ser adiada em março, a Prefeitura de São Paulo começa a operação do transporte aquático na represa Billings, na zona sul de São Paulo.
Transporte aquático em SP
A princípio, a suspensão do transporte aquático em SP, aconteceu devido à operação de barcos pela empresa Transwolff, que é investigada por suposta ligação com o PCC (Primeiro Comando da Capital) e por isso está sob intervenção da gestão municipal desde abril.
Operação assistida
Por outro lado, o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), admite que a operação desta segunda começa de maneira ‘assistida’. Portanto, ela ocorrerá em menor escala, com menos passageiros e tempo reduzido. Além disso, não haverá cobrança de tarifa nesta primeira etapa da iniciativa, impactando no cotidiano do entorno.
Nunes disse ainda que por se tratar de uma operação assistida, haverá toda uma equipe de monitoramento que acompanhará como será a evolução desse transporte novo na cidade de São Paulo. Também vai ser avaliada a necessidade de colocar mais barcos, quando, se aumenta o horário de atendimento. Nessa segunda, inicia o transporte aquático das 10h às 16h.
Teste e capacidade dos barcos
Na fase de teste, o barco deverá rodar dentro desse horário e com capacidade reduzida. De acordo com o projeto, o sistema aquático contará com dois barcos com capacidade para 60 pessoas cada um, que deverão funcionar das 6h às 20h. Tal fase de testes poderá durar seis meses.
Percurso
O percurso liga o bairro Cantinho do Céu, na região do Grajaú, ao Parque Mar Paulista, em Pedreira. O trajeto de 17,5 km demora, em média, aproximadamente 1h20 e demanda duas viagens em linhas de ônibus diferentes.
Estudos sobre impacto ambiental
Por outro lado, o órgão também argumentou sobre a operação assistida, que a prefeitura deveria elaborar mais estudos sobre o impacto ambiental do projeto na represa Billings.
Liminar
Vale destacar que uma liminar foi concedida no fim de março impedindo a inauguração do serviço.
No processo, a SPTrans declarou que o projeto-piloto estava regular, uma vez que houve apreciação da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) mediante parecer técnico, que entendeu de não haver a necessidade de licenciamento ambiental por se tratar de projeto de pequeno impacto. Porém, no dia 14 de abril o desembargador José Helton Nogueira Diefenthaler acatou os argumentos da SPTrans e suspendeu os efeitos da liminar.
Campanha de Ricardo Nunes
No entanto, o projeto de transporte aquático na capital paulista é um dos principais pontos de atenção para ser apresentado na campanha à reeleição à Prefeitura de São Paulo. A proposta foi sugerida por ele em 2014, quando ainda era vereador.
Por fim, a gestão municipal celebrou apenas no último dia 7 o convênio para que a SPTrans operacionalize o transporte aquático, conforme publicação no Diário Oficial.
*Foto: Reprodução/https://www.instagram.com/p/C33wbHhrUv1/